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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Te Big Bus of London

Ainda com as músicas do Rei Leão a ecoar no neurónio, madrugámos bem cedinho, dizia-se por aí que o museu de cera pedia quase uma espera à porta entre as suas intermináveis filas, e após mais uma viagem naquele magnifico e encantador sistema de metro demo-nos com a porta do museu completamente vazia, os primeiros a marcar presença. Rapidamente a animação esmoreceu quando o letreiro pendurado na porta dava uma espera de 2 horas até a abertura das bilheteiras, era impossível ficar esse tempo sob aquele frio gélido em plena rua. Uma volta pelos arredores era a melhor opção e secretamente nos foi surpreendendo, entre alguns edifícios mais ou menos imponentes esconde-se atrás do museu de cera o Regent's Park, um fantástico jardim inglês com um portão todo trabalhado, gostámos especialmente do jardim japonês que se esconde no meio do parque, e apesar de se ouvir uns barulhos de elefantes só nos apercebemos que ficava mesmo ali ao lado o Zoo quando à noite decidimos abrir o guia turístico.
 Era hora de voltar para as portas do museu onde discretamente se formava uma fila antes de sermos revistados de alto a baixo na entrada e descobrimos que uma senhora de meia idade espanhola não dispensava a sua bela garrafinha de whisky para se aquecer daquele frio inverno. Os bilhetes são bastante caros para aquilo que o museu tem para no mostrar; uma série de bonecos de todo o tipo de personalidades (até desenhos animados) cuja ligação a Londres é nula, uns extremamente bem feitos outros quase tão bonitos como o manequim das aulas de anatomia. é digno de registo a loucura de algumas senhoras perante os bonecos daqueles galãs de cinema de Hollywood (extremamente ligado à cidade) que à falta do original fazem verdadeiras violações aos manequins, não posso negar que também andei a coscuvilhar as intimidades de alguns e para surpresa minha, algumas bonecas apresentavam roupa interior. É um museu interessante para algumas brincadeiras, com algumas representações muito bem feitas, que com pouca gente se visita em 45 minutos e à saída após a passagem do terror nos fazem andar nuns carrinhos tipo os do carrossel numa muito breve história de Londres em cera.


À saída do museu o céu começava a ficar mais descoberto, possibilitando uns passeios pela cidade sem a enorme camada de roupa que no dia anterior tivemos de transportar, andar de metro além de caro estava fora de questão, e eis mesmo ali à nossa frente a magnifica solução, aqueles maravilhosos bus turísticos do entra e sai sem pagar, com uns percursos mesmo ao nosso gosto. Sem  mais demora e de rabos alçados lá nos colocámos no famoso Big Bus, com destino ao Big Ben não sem antes passarmos por alguns locais já nossos conhecidos, dar uma voltinha pela enorme elegante Oxford Street, retomar a Trafagar Square passando pelo Admiralty Arch  entre outras atracções como a Horse Guard e já cansado de bater tantas fotos chegamos ao nosso destino, badalava o Big Ben 11 horas certas, e nada melhor que acertar relógios e telemóveis nesse preciso momento.
 
O Big Ben como erradamente pensava, não é o nome do relógio nem da torre mas sim do sino que badalava naquela hora em que havia chegado, o som é quase ensurdecedor e a sua torre enorme que faz parte das casas do parlamento tornam-no um edifício impressionante no qual perdemos algum tempo a admirar. As redondezas do parlamento britânico estão repletas de monumentos históricos e qual crianças nos deixamos passear e fotografar por aquelas bandas. Mesmo Ali ao lado estava a abadia de Westminster mas o preço elevado do ingresso esmoreceu o entusiasmo e acabou-se só por se observar por fora (se o arrependimento matasse ...). O frio agora apertava à seria e mesmo ali ao lado da abadia estava uma igreja bem pequenina de entrada livre e sem esperar mais sentados nos bancos da missa mesmo ao lado de um maravilhoso aquecedor, fingindo uma reza fervorosa fizemos uma bela de uma sesta. Enquanto aquecia as ideias continuava a afirmar a minha primeira impressão, o bus panorâmico havia mostrado uma Londres de edifícios  magníficos e imponentes mas que toda a sua beleza desaparece quando tentam ser modernos e progressistas e constroem mamarrachos sem qualquer estética nem enquadramento em plenos centros históricos tornando visualmente uma cidade sem estilo.










De corpo e mente mais aquecida, com mais umas dezenas de fotos no cartão de memória, decidimos atravessar o poluído Tamisa  (por uma ponte com umas sombras bem estranhas) no sentido de dar-mos uma volta no London Eye. A dita roda gigante, que de grande tem mesmo, não podia estar melhor posicionado ao estilo urbano britânico, aquela gente achou por bem que a roda ficava em frente de uma palácio quase paralelo ao Parlamento, e o que podia ser uma vista desafogada da área é hoje um palácio que aparece por detrás de um monte ferro e fios de aço, a vista da roda pode ser magnifica mas que aquilo ali fica feio podem crer que fica. Após um almoço improvisado e uns metros mais ao lado da bela roda descobrimos uma vista magnifica das casas do parlamento em toda a sua dimensão, que deram umas fotografias muito boas. A visita estava feita, aquela zona da cidade é muito interessante pelo que no decorre dos dias acabamos por passar por lá diversas vezes. Era hora de rumar ao outro lado da cidade e passar a tarde noutras coisas que tinha planeado visitar, e novamente no Big Bus coberto de casacos e cachecóis deixámo-nos levar.
http://www.bigbustours.com/por/london/custompage.aspx?id=maps
http://www.madametussauds.com/
http://www.westminster-abbey.org/